Coluna do Enio – 2014, o ano perdido
Agora que tenho uma coluna com meu nome posso escrever minhas lamúrias e lamentações em um espaço personalizado. Para estrear com este novo nome o lugar onde despejo minhas opiniões e coisas afins, aproveitarei o fim de ano e falar de como foi o meu 2014. Um ano perdido. Em termos de corrida, totalmente desastroso, quase nada deu certo, objetivos longe de serem alcançados. Como imagino que vocês não vão ler muita coisa, vou dividir o ano em meses (BAITA IDEIA, NINGUÉM NUNCA FEZ ISSO ANTES) e tentar descrevê-los mais ou menos.
Janeiro: meu Garmin (que estava no conserto) só voltou no fim do mês e estava completamente desmotivado para correr e sem objetivos. Com a chegada do Garmin, o tempo era muito curto para me preparar para a Meia de Florianópolis, que aconteceu em março. Assim, tentei pelo menos começar a correr mais.
Fevereiro: os treinos ficaram mais constantes, mas a falta de condicionamento dos meses de treino capenga estava presente. Pelo menos, corri um pouco mais.
Março: algumas mudanças de horário no trabalho, outros dias de preguiça e foi um mês com poucos treinos, mas que teve a Meia de Florianópolis. Sem treino, consegui fazer 1h58′, o que era o sinal de alerta de que sem treino nada vai para frente. Ainda participei da Corrida da Fantasia, no carnaval, outra prova que mostrou que sem treino fica difícil.
Abril: depois da meia decidi começar a treinar para a Meia de Floripa, que aconteceria em junho. Os treinos ficaram mais constantes e consegui encaixar uma boa sequência. O problema deste mês foi que o horário no trabalho mudou de vez e alterou toda a minha rotina. Tudo que tinha planejado teve que ser reprogramado.
Maio: já mais acostumado com o horário novo, perdi alguns treinos, mas consegui manter os longões no fim de semana. Ainda participei da Wings for Life e não consegui atingir meu objetivo de correr 21 km. Fiz 19,36 e o sub 1h40′ na Meia de Floripa era cada vez mais incerto.
Junho: treinos leve e a Meia logo no início do mês. Depois da metade da prova, vi que não alcançaria o objetivo. Coloquei uma meta muito audaciosa. Desanimei e terminei em 1h46′. Os treinos diminuíram, mas ainda tinha a outra prova alvo do mês: a Maratona Beto Carrero, feita em dupla com meu amigo Eduardo Hanada, com 4 voltas para cada um, alternadamente. Esta foi a prova que mais deu certo. Conseguimos baixar nosso tempo de 2013 e ainda consegui correr todas as 4 voltas com ritmo abaixo de 5 min/km.
Julho: inverno, frio, reta final da Copa do Mundo e com as duas provas que tinha como objetivo feitas. Foi impossível sair para treinar. Só fui nos fins de semana, e me arrastando. Foi o mês que menos corri desde 2011. O mês da preguiça.
Agosto: ainda frio, mas o começo das férias de 15 dias. Utilizei as férias como novo ponto de partida para treinos constantes no ano. Montei uma planilha de 12 semanas. Como mestre do planejamento, minha planilha terminava em um fim de semana sem provas. E duas provas alvo de 10 km seriam em agosto e setembro, no meio da planilha. Totalmente errado. Neste mês, participei da Corrida da Esperança e consegui correr os 5 km em menos de 25 minutos. E na prova dos 10 km da Maratona de SC, fiz os 10 km em menos de 50 minutos. Foi o que consegui e estava de bom tamanho.
Setembro: treinos continuavam constantes e com alguns treinos de ritmo, saindo um pouco da zona de conforto. A prova da Track & Field era a melhor prova para fazer o recorde nos 10 km. A planilha estava no meio e não estava totalmente preparado. Tentei o sub 45, mas morri no 4º km. Terminei em 47:29 e foi até bem razoável. Ainda corri a Corrida Pela Paz acompanhando o Nilton para fazer sub 50 nos 10 km.
Outubro: um mês de treinos bons, mas a intensidade cobrou sua conta. Exagerei e senti dores na perna. Diminuí o ritmo e a intensidade e tudo voltou ao normal. Foi um mês sem provas, mas os treinos estavam bons. Em outubro, o horário no trabalho mudou de novo, mas dessa vez para melhor, o que facilitou meus treinos.
Novembro: defini como objetivo tentar um bom tempo na prova de 10 km da Maratona de Curitiba. Estava conseguindo resultados legais no segundo semestre. Nenhum recorde, mas todas as prova com ritmo abaixo de 5 min/km. Queria manter isso e consegui na Figueira Run. Na Meia de Brusque iria tentar um split negativo, pelo menos sub 1h50′, mas senti um problema muscular que acabou com meu ano. Ainda fui para Curitiba e, bem burro, participei dos 10 km. Só piorei a lesão e fiquei 20 dias parado. O fato positivo de novembro foi a transmissão ao vivo da Corrida de Angelina pelo Por Falar em Corrida. Melhor momento do ano.
Dezembro: voltando devagar, corri a Balneário 10K, mas me arrastando. Os treinos voltaram leves e curtos e aos poucos estou aumentando. Espero que em janeiro já estava tudo dentro da normalidade. Ainda falta um pouco de confiança na perna que estava machucada. Parece que não tem mais nada, mas o receio de voltar sempre existe. Por isso, nada de treinos com ritmo muito forte.
Resumo: a Maratona Beto Carrero e a transmissão ao vivo da Corrida de Angelina foi o que valeu a pena em 2014. Este ano serviu também para ver que treinar dá resultad0 (ah, vá! Não diga!), mesmo que por pouco tempo. Da Maratona Beto Carrero em junho até a Figueira Run em novembro, todas as provas foram com ritmo abaixo de 5 min/km. Fiquei animado com isso. Fim das minhas lamentações. 2014 não foi tão bom quanto poderia, mas espero que em 2015 consiga ser constante nos treinos e corridas e não me lesione. Se der para fazer algum recorde mundial pessoal, melhor. Pode vir, 2015.