Correr sem dor – Canelite – Parte 3
Relato enviado pelo Thiago Sousa
Continuamos a contar como um corredor “amador” está treinando para se livrar da canelite. Você pode ler a parte 1 aqui e a parte 2 aqui. Chegou o dia do segundo teste. Fui novamente com o Kayano do Elmo, amigo de longa data, desde a 7ª série que nos conhecemos. Estou achando que sou pronador. Fiz alguns trotes e senti mais uma vez umas dores, no lado direito embaixo e na parte de cima lado esquerdo da perna direita. Na perna esquerda, acima do pé, centralizado.
A canelite nada, mas agora tinha essas novas dores. Disse o treinador “sua pisada é neutra/supinada, neutra na perna esquerda e supinada na direita. E por conta deste tênis para pronador, você sentiu essa dor na parte de baixo lado direito e na parte de cima lado esquerdo. Fiz seu teste de pisada e não tenho dúvidas disso. Claro que temos que regular alguns movimentos com treinos educativos, mas compre um tênis neutro/supinado“.
Fiquei bolado e para tirar a prova folguei o tênis, deixei bem folgado, para que ele não direcionasse minha passada, e após alguns trotes não senti as duas dores, ou seja, parece que o “cabra” tinha razão. Mais uma vez. Enfim, para coroar a noite de descobertas, recebi oficialmente a notícia de que estou curado. A canelite acabou! Um ano sofrendo com dor e bastaram duas semanas correndo na praia com água na canela, massagens com sabão de côco antes e após os treinos, educativos e alongamentos diferenciados.
Na verdade, bastou o olhar experiente, técnico e humano de Jaime Madureira, da Assessoria Nossa Run, um sujeito com 26 anos de experiência e muito conhecimento para passar. Esse é o treinador que resolveu meu problema, em um prazo que nem nos meus mais otimistas sonhos imaginaria. Misto de técnica e feeling. Nestas três semanas, na assessoria, ouvi muitas histórias parecidas com a minha, tais como a de um corredor com mais de 50 anos de idade e que há quase 1 ano não corria por conta de fascite plantar e que, com o Jaime Madureira, após dois anos, fez sua primeira maratona em Buenos Aires.
Essa minha história não terminou, até por isso não pode ter final agora, ainda há muito o que fazer. Mas posso dizer receberei minha primeira planilha e iniciarei a decolagem rumo aos 10 km. Com calma. Muito obrigado, professor Madureira e sua determinada equipe. Vocês ajudaram um entusiasta da corrida e da cerveja a voltar a sorrir enquanto corre. Este ano quero 10 km e em 2016 os 21 km. Em 2017, uma maratona? Vamos deixar a meta aberta, quando a atingirmos, nós a dobraremos. Abraço, bons treinos, boas provas e boa sorte.