Coluna do Enio – Meta 4
Compartilhei na coluna passada as metas para a Golden Four São Paulo. Fiquei no AT LEAST YOU TRIED das metas. Sabia que precisava dessas outras 6 metas além da principal que era o sub 1h40. Não é e não seria fácil. Como penso sempre no pior, queria algo para me manter correndo mesmo quando visse que o tempo não viria.
Posso dizer que no primeiro quilômetro já percebi que não era o dia. Os quilômetros seguintes só foram me confirmando isso. Foi aquele dia que não foi. Muito esforço e pouco resultado. Fazia força e o relógio não refletia o esforço hercúleo que eu tinha a sensação de estar fazendo. Na Meia de Floripa, por exemplo, o ritmo saiu mais fácil e constante.
Na Golden Four, fazer abaixo de 4:50 min/km estava difícil. Parecia menos de 4:30. Mesmo não rendendo, tentei manter os ritmos abaixo de 5 min/km. A meta 3, do recorde do ano, ficou para trás depois do 15º km. E aí teve outro problema. Entre 1:42:30 e 1:44:59 há muitos minutos. Sabendo que o primeiro não sairia, não fiz mais tanta força e fui controlando o sub 1h45. Talvez um sub 1h44.
Não pensem que esse não fazer força foi algo por vontade própria e deliberado. Depois do km 15, o que não estava rendendo desde o começo, ficou pior. Já tinha se passado mais de 15 km e mais de 1h10 correndo. Não estava com dores, mas cansado, meio quebrado. A parcial do km 16 ao 20 foi minha pior na prova. Corri 5 km em 25 minutos. O corpo já não ia mais.
Fatores são vários, mas o que senti mais falta para as coisas não renderem bem foi do aquecimento pré-prova. Negligenciei essa parte importante. Tinha ainda 20 minutos para a largada e o burro aqui resolveu entrar logo na baia. Aqueci, se muito, uns 5 minutos, mal e porcamente, ali dentro. Deveria ter aquecido e entrado depois na baia. ÓBVIO!
Tinha muita gente largando. Não ia fazer diferença nenhuma, já que estava separado por baias. O congestionamento nos quilômetros iniciais seria o mesmo. Poderia ser diferente, mas poderia não ser. Nunca vou saber, só supor. Pelo menos a minha perna não atrapalhou. Não estava 100%, tenho certeza, mas ela se comportou direitinho depois da última semana.
O bom de não conseguir o objetivo é que vou continuar tentando. A corrida também teve coisas boas. Foi minha 24ª meia e meu quarto melhor tempo na distância. Mesmo não rendendo bem, consegui correr quase todas as parciais abaixo de 5 min/km, o que rendeu um sub 1h45 (apenas o quinto da minha vida). O possível para o dia já foi bem impossível anos atrás.
Disse o treinador: “relaxa, tem dia que não vai. Borá treinar para as próximas”. É o que farei. Continuar treinando. Tenho certeza que não fui privilegiado pela genética para correr rápido. Se a minha vida de meias tiver que se resumir em fazer sub 1h45 já vou ficar bem contente. No entanto, vou tentar melhorar. Um dia o sub 1h45 estava longe. Agora ele sai em um dia não tão bom. De repente, no futuro, acontece a mesma coisa e o número muda para sub 1h40. Vamos em frente.
Curiosidade curiosa. Meu top 5 em meias maratonas:
- 1:41:49 – Golden Four ASICS Porto Alegre – 30/06/2013
- 1:42:30 – Meia de Floripa – 14/06/2015
- 1:43:49 – Meia Maratona de Florianópolis – 24/03/2013
- 1:43:55 – Golden Four ASICS São Paulo – 02/08/2015
- 1:44:06 – Meia Maratona de Balneário Camboriú – 19/05/2013
*2013 foi meu melhor ano. SAUDADES <3!
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Oi Enio! Acompanhei por aqui seu treino, e voce tem razao, tem dia que nao ‘e nosso, nao adianta! Uma vez, bombei no vestibular e um amigo meu disse : “nao chora, vestibular tem todo ano”. Ainda bem que meia maratonas sao mais de uma vez por ano! Quando nao vou bem em uma corrida, tento entender as causas. Temperatura? Cansaco na viagem? Dor? Nao treinei o percurso (subidas, etc…)?
A unica coisa que eu discordo ‘e “Tenho certeza que não fui privilegiado pela genética para correr rápido.”… 1:43 numa meia nao ‘e rapido? WOW! Veja a media e a posicao que voce pegou!!! Dai vc vai se animar 🙂
Agora bora treinar mais, vamos aqui acompanhando e incentivando!! Vou treinar pra minha meia sub 2h com o PFC!
É bem isso. Tem várias no ano. Só não dá para correr todas. E o problema de escolher algumas é que as opções diminuem, mas ainda assim são algumas. De repente, tem dia que vai ser O dia.
Também penso bastante nas causas do que poderia ter influenciado. No fim das contas, é que nem acidente de avião. Quase sempre é por causa de mais de um fator. Pode ter um predominante, mas sozinho dificilmente causaria o estrago.
Aqui a genética não ajudou não hahaha. É muita teimosia e esforço. A saber: fiquei no top 20% haha. 1193º de 5435.
Continuamos treinando.
Tamo na torcida pelo sub 2 horas. o/
Olá Enio!
Sou o André que correu próximo de você a partir do km 13 mais ou menos até o final!
Parabéns de qualquer maneira pelo resultado, e tentar é, de fato, mais importante do que conseguir. Ainda que este último no primeiro momento parece mais gratificante, o tempo vai mostrando que o esforço sempre vale a pena.
Sempre escuto o podcast, como te falei no fim da prova, mas não participava muito por aqui e nos comentários… participarei mais!
Parabéns pelo site, programa e tudo mais, o PFC é um ótimo canal para nós semi-corredores, hehe.
Grande abraço.
Olá, André. É sempre estranho, surpreendente e legal encontrarmos (ou sermos encontrados) por quem nos ouve.
Um dia o tempo vem. Seguimos tentando. Valeu pela mensagem e pela audiência.
Abraço.
Fala Enio apesar do resultado não ter vindo parabéns pela conquista e continue treinando que logo você atingirá seu objetivo,
Mesmo para campeões mundiais, atletas olímpicos e corredores de elite tem dia que a coisa não vai, que dirá de nós meros mortais.
Abraços
Nem todo dia é dia, né?
O jeito é continuar treinando e ver os pontos positivos.
Vamos em frente!
Abraço.