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Corrida Volta à Lagoa – 21/08/2016

Resultado da prova

Estou participando de menos provas neste ano. É uma mistura de querer treinar mais, falta de vontade e algumas lesões. No último domingo estive na Corrida Volta à Lagoa, aqui em Florianópolis. É uma corrida bem legal porque os corredores contornam uma parte da Lagoa da Conceição. É um percurso bem bonito, sendo a primeira parte mais plana, contornando a lagoa de fato e a segunda parte com mais sobe e desce. A única coisa que não entendi bem é que no momento da inscrição, na imagem do folder, dizia 10ª Corrida Volta à Lagoa e na medalha e camiseta veio 9ª, sendo que quando corri em 2012 era a 3ª edição. Essa coisa de edições de provas sempre tem algumas inconsistências.

Fui de dupla com o Guilherme. Foi a primeira corrida que o Por Falar em Corrida participou em equipe, se não estou enganado. Estávamos inscritos desde maio. Desde aquele dia aconteceu tanta coisa que eu nem sabia se teria condições de correr 5 km. Quando nos inscrevemos eu ainda estava pensando em recomeçar os treinos para a Meia de Floripa. O tempo passou, corri a meia, mais uma lesão, mais uns dias parado e ainda assim deu tempo para participar da prova.

Infelizmente, o domingo foi um dia muito feio e não ajudou a prova. Muita chuva e, principalmente, MUITO vento. Aquele vento sul que quando vem é quase um furacão. A chuva até diminuiu e não atrapalhou tanto durante a corrida. Mas o vento, ah, o vento! Esse fenômeno da natureza foi o protagonista do evento. Bagunçou tudo. Para se ter ideia, acho que passei o tempo mais dentro do carro do que fora dele. Porque não era só o vento. Era o vento forte, no inverno. O frio vinha junto.

Foi falado que até pensaram em cancelar a prova, mas como não haveria outra data disponível ela foi mantida. Penso que não era uma situação de cancelamento. O problema maior foi que muitas pessoas devem ter resolvido ficar em casa em vez de pegar chuva, vento e frio em uma manhã de domingo. Eu seria uma dessas pessoas. Fui por dois motivos: primeiro, tinha combinado de ir de carona com o Renato. Não ia desmarcar no domingo de manhã. Segundo, estava correndo em dupla e tinha-se aí um compromisso com o Guilherme.

Mais uma vez confirmei que correr com vento é muito pior que correr com sol ou chuva. A corrida não desenvolve. Não teve um só instante em que não me peguei pensando no que estava fazendo lá. Estava bem arrependido de ter ido correr com aquele clima. Não sou adepto do quanto pior, melhor. Prefiro ter as melhores condições para correr. Na Corrida Volta à Lagoa isso não aconteceu. Fora todas essas condições climáticas, ainda tinha o fato de ser minha primeira corrida depois da tendinite fibular, estou treinando com regularidade há pouco mais um mês.

Tinha tanto coisa para me preocupar (pé, dores, vento, chuva batendo no rosto, frio) que nem consegui prestar atenção na corrida. O percurso já conhecia, mas só torcia para chegar logo o posto de troca. Não foi uma corrida em que me diverti. Só pensava em acabar logo. E aí havia um problema. Não podia forçar muito porque estou ainda fora de forma, sem fôlego e no momento o meu medo de sentir dor é muito maior do que a vontade de correr mais rápido. Esse clima doido ajudou nisso, pelo menos. Estava tão incomodado com o vento e a chuva que nem lembrei do pé. Certamente iria lembrar se ele se manifestasse, mas nada. Não senti dores. Ponto positivo.

Tentei correr bem o 1º km, mas logo nele já dei de cara com o vendaval na Lagoa da Conceição. Fiz esse 1º km em 5:52. Até achei bem razoável, mas o vento contra não me animou a tentar ficar neste ritmo. Ainda tinha aquele medo de sentir dor também. O 2º km ainda saiu a 6:10, mas já estava no modo de desaceleração e sem vontade. O 3º foi o pior e nele foi o tempo todo com vento. Foi a parte mais desanimadora. Corri em 6:58. Lento demais, mas condizente com o ânimo e condição externa naquele momento. Saí daquele vento, apertei um pouco o passo, já pensando no posto de troca. Fiz em 6:25. O 5º km também melhorou um pouco e saiu em 6:09.

Como a corrida tem em torno de 10,5 km e 10,6 km, estava esperando o posto de troca. Como apareceu uma descidinha, acelerei. O ritmo médio desses metros ficou em 5:35. Só que foram 5,84 km!!!! O posto de troca não foi na metade. O Guilherme, por exemplo, correu 4,67 km. Escolhi a primeira parte porque era mais plana e estava voltando de lesão. Além de pegar vento e chuva contra o tempo todo, ainda peguei a parte maior do percurso. A outra parte com subidas e descidas era sem vento nenhum, bem melhor para correr. Somando os dois Garmin, temos 10,51 km. Nos Garmin que vi, ficou entre 10,62 km e 10,69 km. A distância era por aí mesmo.

O que me incomodou foi o fato do posto de troca não ser perto da metade da prova. Tinha que ter sido no 5,3 km, mais ou menos. Eu ainda não tinha corrido mais de 35 minutos e foram poucas vezes que fiz isso. Ontem, ainda correndo um pouco mais rápido do que nos treinos, senti cansaço e algumas dores novas. Novas pelo tempo parado, mas já conhecidas de tempos antigos. A minha parte um tanto alongada foi de 5,84 km em 36:17, ritmo médio de 6:13 min/km. Não gostei do ritmo. Muito lento! Mas foi o possível para o momento Não daria para fazer mais. No resultado final, ficamos em 5º lugar nas duplas masculino. Eram 9 inscritas, foram 7 correr e ficamos no top 5.

Posso garantir que não foi uma corrida que me senti muito feliz correndo. O sentimento maior era de arrependimento. POR QUE FUI CORRER??? A parte realmente boa, além de não sentir dores, foi reencontrar os amigos. Pena o clima ruim, com vento e chuva, mas o pouco de contato que tive com os amigos valeu a ida na corrida. A foto aqui embaixo é um dos registros mais legais que vou ter dessa corrida. Depois, ainda fui com o Eduardo e o Renato na padaria para repor o que não gastei. Por lá, assistimos aos últimos quilômetros da maratona masculina.

Agora é seguir os treinos para na próxima corrida finalmente ter um desempenho que me deixe satisfeito. Na Run, Floripa! estava com dor no peito do pé. Na Meia de Floripa estava sem dores, mas sem treino e não gostei do resultado final e do sofrimento. Na Corrida Volta à Lagoa o clima não ajudou. Ainda estou em busca da corrida perfeita em 2016. Tudo bem, não precisa ser perfeita, basta apenas não ter motivos para desgostar da prova. Sem dor, com treino, sem vento é um bom começo.

Eduardo, Nilton, Renato e Eu Foto: Eduardo Hanada
Eduardo, Nilton, Renato e Eu (Foto: Eduardo Hanada)

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