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Depois de 5 anos

Cada vez mais confirmo a ideia de quando vamos para uma corrida sem tanta expectativa de recorde é quando há mais chance dele acontecer. Claro que tem dias que você vai para a corrida pensando em tempo e ele sai, mas a pressão de ter que fazer pode criar algumas amarras que não deixam a corrida fluir.

No último domingo, fui participar da Corrida Pela Paz. Na sexta-feira até falei que o objetivo era o recorde do ano, bem possível, era só correr abaixo de 24:30. Pelos treinos parecia que ia dar. Só que fui com a ideia de correr o mais forte possível, sem ficar cuidando do ritmo. A vantagem de ter um Garmin 10 é que a tela dele disponibiliza apenas duas informações. Optei por deixar distância e tempo.

Tem a segunda tela com tempo e ritmo da volta, mas não quis ficar nela. Preferi adotar o que venho fazendo nos treinos. A maioria deles é intervalado e não penso no ritmo. Foco na sensação de esforço e faço o melhor daquele dia. Vejo o resultado depois quando transfiro a atividade para o computador.

Na corrida fui pensando nisso. Fazer o melhor e descobrir depois o que ia acontecer. O lap automático do Garmin estava ligado. Então, a cada quilômetro, um apito e uma olhada para conferir o ritmo. Tentava perceber qual era o esforço e manter, mas durante um quilômetro seguia meio às cegas. Tenho gostado disso. Menos apegado no ritmo durante a corrida.

Claro que quero correr o mais rápido e bater todos os recordes possíveis, mas não fica mais preocupado com o ritmo do momento. Largo, corro, faço força e no final vejo se deu certo. Durante a corrida dá para ter ideia se vai dar também, mas a informação não é tão constante. Se olho para o relógio, consigo ver a distância e o tempo e talvez calcular alguma coisa.

Como o recorde do ano estava meio garantido, se nada desse errado, pensei no sub 24. Teria que correr abaixo de 4:48 min/km. Com as primeiras parciais vi que ia dar. Mais no fim da corrida percebi que o sub 23 era possível. Quando terminei em 22:50, sabia que tinha saído o recorde do ano. Mais tarde, vi que era o recorde da vida também.

O anterior, homologado pelo DataEnio, era de 21/04/2012, com 23:09. Depois disso, até corri abaixo desse tempo. Uma também em 2012, outra em 2013 e mais uma em 2015. Em ambas, embora na projeção e no ritmo médio fosse recorde, a distância foi a menor.

Aliás, na corrida de 2013 e de 2015 tive ritmo médio de 4:24 e 4:27, respectivamente, melhor do que o 4:32 do último domingo. O sonho é um dia correr na casa dos 20 minutos. Se não chegar lá, quero pelo menos unificar os recordes, tanto pelo tempo quanto pelo ritmo médio. O próximo objetivo é tentar baixar dos 22:30.

Vamos aos poucos. Fiquei apenas 17 segundos disso e até parece pouco, mas na questão do ritmo é uns 3 segundos por quilômetro. Dependendo do dia, não tem de onde tirar essa diferença. Por enquanto, vou curtindo esse novo recorde dos 5 km depois de mais de 5 anos. Também, desde 2015 não fazia um recorde pessoal. Domingo foi um bom dia. Dia 05/11 tem mais nos 5 km do Circuito Athenas em São Paulo.

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