Dia 680 – 6 de abril de 2022

Quarta-feira foi dia de treino intervalado. Nada muito forte ou exaustivo. Era mais para testar o ritmo na percepção de esforço. Domingo tem a Maratona de São Paulo e queria fazer um último teste. Já fiz treinos longos, muito longos, menos longos, pensando em ritmo de prova e este treino de hoje seria para fechar essa preparação.

A ideia era fazer 5 repetições de 1 km na sensação de esforço. Sem olhar o relógio, sem controlar o ritmo, apenas ir. Quando ele apitasse no 1 km veria o resultado. Fiz um aquecimento de 3 km e então comecei. O descanso dos intervalos era de 1 minuto andando. Escolhi uma quadra de 750 metros onde tem asfalto e é plano. A parte ruim dela é ter que fazer sempre 4 curvas em determinados momentos, mas mesmo assim dá para desenvolver bem o ritmo.

O dia estava bom, o clima estava legal, quase sem vento. Fui com o Corre Grafeno da Olympikus, que é o tênis que vou utilizar na maratona. Ontem estava me sentindo muito bem, principalmente depois que comecei a correr. Hoje já estava bem até no início. Foi bem interessante. Não sei se sou eu que estou bem, o tênis, o clima, se tudo ajudou, mas o fato é que as repetições saíram muito melhores do que o planejado.

A primeira, que é meio um aquecimento do que virá, já foi boa. Fiz em 5:15. A minha expectativa era fazer algo em torno de 5:20/5:30, talvez 5:35. E fazer uma delas só abaixo de 5:00, pensando no ritmo de recorde da meia maratona, que é 4:39. Mas o corpo respondeu diferente. Acho que minha sensação foi enganada pelo tênis ou pelo ambiente todo que citei antes.

Já aquecido e com a regulação da primeira repetição, a segunda veio com 5:03. Em nenhum momento senti que estava fazendo muita força. Apenas fui correndo. Fiquei surpreso com esse ritmo. Mais surpreso ainda fiquei com o tempo da terceira repetição: 4:51. Nada na minha percepção indicava que estava abaixo de 5:00. O dia estava muito perfeito. Continuava sem sentir esse esforço de correr abaixo de 5:00.

A quarta repetição foi um pouco mais lenta, mas mesmo assim saiu 4:55. Continuava muito bom. Muito melhor e muito além do que pensei quando iniciei. Aí, na quinta repetição, pensei: “ah, já que está tudo tão bom, vamos fazer força mesmo”. Tudo na sensação, mas dessa vez correndo forte, sentindo que estava fazendo alguma força. Saiu 4:18 e acredito que poderia ter sido mais rápido. Só uns 200 metros depois de começar é que decidi que de fato ia correr forte. Mesmo assim, gostei do resultado. E, novamente, não cansei tanto. Claro que desta vez senti o esforço, mas em outros tempos fazer 4:18 era muito mais exaustivo.

Já tinha feito o que pretendia. 5 repetições com a última mais rápido, claro que tudo com muitos segundos a menos do que esperava, mas gostei do que consegui fazer, ainda que meio sem querer. Tinha que voltar para casa e como tinha pouco mais de 1 km, resolvi fazer mais uma repetição. E nesta sexta e derradeira corrida de 1 km o ritmo ficou em 4:46. Acabou sendo a segunda parcial mais rápida. E assim fechei o último treino mais forte antes da maratona.

Aparentemente, o ritmo e a sensação de esforço estão ajustados. Talvez um pouco mais rápido, mas no dia da prova pretendo controlar mais o relógio. Os treinos foram para verificar como estava a sensação na corrida cega. O tênis não incomodou e ainda pode ajudar no decorrer da prova. Estou mais leve e me sentindo bem, é um bom momento. Os próximos treinos domingo serão leves, sem ritmo, apenas aguardando o domingo chegar. Espero que ao acordar e quando for dada a largada o corpo esteja tão bem quanto esteve nestes últimos dias.

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