Track&Field Run Series Iguatemi Florianópolis – 16/10/2016

Como antecipei na sexta, domingo foi dia de correr. Estivemos na Track&Field Run Series Iguatemi Florianópolis. Fiz a prova de 10 km. Esta foi minha primeira corrida que corri sozinho desde que voltei da lesão e aos treinos mais regulares. Antes, fiz uma em dupla com o Guilherme e outra individual, mas correndo e gravando vídeos com o Guilherme durante o percurso para o Por Falar em Corrida.

Desta vez, fui eu comigo mesmo. Na largada, até corri alguns metros com o Guilherme e com o Nilton, mas não era meu dia de correr naquele ritmo. O Guilherme terminou a prova abaixo de 50 e o Nilton chegou um pouquinho antes de mim. A maior parte do tempo corri sozinho, pensando em várias coisas e torcendo para não sentir nenhum tipo de dor.

O domingo amanheceu um belo dia. O sol só apareceu bem depois da corrida terminar, mas mesmo assim estava um pouco abafado. Em alguns trechos da prova, o vento atenuava um pouco a situação, embora segurasse o ritmo. O objetivo era tentar correr sub 55 e pelo menos mais rápido do que meu pior tempo na Track&Field, que era de 54:35.

Iniciei a prova bem tranquilo. Sem forçar, mas sem ser devagar. Nos treinos, o início é sempre mais lento, mas é lento mesmo. Na corrida foi diferente. Passei o 1º km a 5:31. Não gostei muito, mas achei razoável. O 2º km foi em 5:33. Não era bom, mas o ritmo estava constante. No 3º km, saiu a pior parcial da prova: 5:41. Era quando fazíamos o retorno e também peguei um pouco de vento. Não estava precisando de muitos motivos para desacelerar.

Foi um alerta para tentar correr mais rápido. Passei o 4º km em 5:32 e o 5º km em 5:29. Foi uma primeira metade de prova bem constante. Foram 5 km em 27:46, ritmo médio de 5:33. Não estava ruim. Era mais rápido que todos os meus últimos treinos. Neste retorno, o treino mais rápido foi em 5:43. Só que dobrando este tempo, faria algo em torno de 55:32. Seria quase 1 minuto a mais do que aquele 54:35 de 2010.

No meu planejamento pré-prova, já pensava em fazer uma segunda volta mais rápida. 5 km de aquecimento seriam suficientes para tentar acelerar. O 6º km foi bom, em 5:18. O 7º km deu uma caída. Acho que vento e cansaço aparecem ali. Nas provas de 10 km, o 7º km é quase sempre um problema. Fiz 5:32. Nada mal comparando com a metade inicial, mas aquém do ritmo que pretendia para a metade final.

No 8º km consegui trazer de novo para baixo, com 5:19. No 9º km, uma tendência de ritmo mais lento se mostrava. Saiu um 5:20. Um tanto constante, mas também perdendo 1 segundo por km. No último e derradeiro quilômetro, só existia uma meta: correr com ritmo abaixo de 5 min/km. O começo foi complicado. Estive por muito tempo entre 5:10/5:15. Aliás, só soube disso porque alterei a tela do Garmin.

Durante 9 km, corri o tempo todo com a tela do Garmin mostrando tempo e distância total. Neste último quilômetro, alterei a tela para tempo total e média da volta. Precisava de um estímulo visual para correr mais rápido. Foi quando vi que não saía 5:14, 5:12, 5:13. Precisava me esforçar mais. Aí é que a gente vê que ainda tem de onde tirar e que provavelmente poderia ter feito uma corrida melhor.

O 10º km saiu com 4:57 de média. Infelizmente, no meu GPS e no de quase todos os corredores, deu menos de 10 km. O meu marcou 9,98 km. Uma lástima! A Track&Field Iguatemi está se caracterizando por dar um pouco a menos nos 10 km e um pouco a mais nos 5 km. Terminei a prova com 54:04. Projetando, daria 54:10. O objetivo possível do dia foi atingido: corri em menos de 54:35.

Comparando com a primeira metade, na parte final (contando com a projeção) foram 5 km em 26:26, ritmo médio de 5:17 min/km. Ou seja, parciais de 27:46 e 26:26 com resultado final de 10 km em supostos 54:10, ritmo médio de 5:25 min/km. Não fiquei feliz nem satisfeito com o tempo, mas foi o que deu. Até poderia ter conseguido correr um pouquinho mais rápido, mas não ia ser tanta diferença. Nas atuais condições, ficou de bom tamanho.

Não sei se é psicológico ou excesso de preocupação, mas ali pelo 3º e 4º km senti um desconforto no pé. Fiquei pensando nisso, diminui um pouco, acelerei para testar e estava me incomodando. Para a última volta, botei na cabeça que devia me preocupar só com correr. Aumentar a frequência das passadas e ir em frente. Curiosamente, não senti mais nenhum tipo de desconforto. Foi tudo dentro de uma normalidade.

Estou percebendo que sempre que corro sozinho e tenho tempo para me distrair e prestar atenção como estou correndo acabo sentindo alguma dor. Quando tenho companhia ou algo que me faça focar em outra coisa, é raro o pé incomodar. Sigo desconfiado, mas talvez seja melhor esquecer um pouco para que a corrida renda melhor. Depois de 9 km, fiz o último km abaixo de 5 min/km e sem dores. Ali era o momento de tudo doer e foi normal. Preciso correr mais livre.

Sobre o ritmo da prova, em nenhum momento me senti morrendo, mas também nunca foi tranquilo. Era um ritmo confortável, mas que me causou algum cansaço. Pode ter sido o clima abafado, mas foi uma das provas em que mais suei este ano. A chegada do verão pode ter a ver com isso também. O fato é que foi um ritmo bom. Mesmo quando acelerei no 10º km, não foi aquela sensação desagradável. Quando eu ficar confiante novamente, acredito que vou conseguir encaixar um ritmo bom desde o início.

No pós-prova, tinha água, frutas, isotônico e aquele tal de Pic-Me, um purê de frutas. Entregávamos o chip e pegamos a medalha. Até que a medalha deste ano é jeitosa. Na arena do evento havia a área vip, que não era para mim, a massagem que ficou com alguma fila ao final e o guarda-volumes, além das tendas das assessorias. Pelo que contei, 11 assessorias estiveram presentes na Track&Field.

Durante a prova tinha apenas um posto de água, mas ele atendia os dois lados da pista, tanto quem estava indo quanto quem estava voltando. Então, nos 10 km os corredores tiveram oportunidade de pegar água 4 vezes e nos 5 km puderam pegar água 2 vezes. O posto de água estava posicionado pouco antes do km 2. Como sempre, não pego água em prova de 10 km. Desta vez, quase cogitei em pegar para refrescar, mas deixei passar. Fui em jejum, o que já é bem comum e foi tudo tranquilo.

O Circuito Track&Field se diferencia dos outros porque tudo é muito redondo. Uma pena que venham errando a distância, mas no resto não tenho do que reclamar. Para quem gosta de kit, o deste ano veio bem recheado, bem mais do que nos outros anos. Costumava vir apenas camiseta e meia, às vezes uma toalha úmida. Este ano veio mais coisas: camiseta, número, meia, granola, cookies integrais, barra de proteína vegana, cupom de 15% de desconto na loja da Track&Field, free pass de 7 dias na Fórmula academia e uma revista.

Alguns podem falar do preço da inscrição, mas aqui em Florianópolis o valor foi bem justo e razoável. Inclusive, desta vez havia opção de kit atleta ou kit plus. O kit atleta era sem a meia e o kit plus com a meia. O 1º lote tinha preços de R$ 79,00 (kit atleta) e R$ 89,00 (kit plus), o 2º lote era R$ 89,00 (kit atleta) e R$ 99,00 (kit plus) e o 3º lote era R$ 99,00 (kit atleta) e R$ 109,00 (kit plus). Não me parece nada absurdo pelo que a prova entrega. O preço do 3º lote já era mais salgado, mas quem gosta do circuito já poderia ter se inscrito bem antes e aproveitado o ótimo valor do 1º lote.

Os treinos continuam rumo às meias que virão. Esta prova me deu mais confiança para tentar fazer alguns treinos mais rápidos, seja um fartlek ou um rodagem com ritmo mais acelerado. Este ritmo de domingo aplicado na meia maratona me dá o sub 2h, que é o primeiro objetivo das meias. Se os treinos encaixarem e tiverem uma melhora, quem sabe até novembro consigo aprimorar o ritmo e o fôlego para a Asics Golden Run Brasília e para a Meia de Florianópolis.

Kit da prova
Kit da prova
Equipe do Por Falar em Corrida presente na prova (Foto: Samo Fischer)
Equipe do Por Falar em Corrida presente na prova (Foto: Samo Fischer)

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